quinta-feira, 1 de março de 2012

Salvador eu quero Amar-Te

Como lidar com a diferença entre as pessoas


"E ver que não haja iniquidade na igreja, nem dificuldade entre um e outro, nem mentiras, maledicências ou calúnias" (D&C 20:54)













Não podemos esperar que as pessoas sejam exatamente como nós, nem mesmo que sejam como gostaríamos que fossem. As pessoas são naturalmente diferentes e, com certeza, há variaões no modo de pensar, sentir e agir. A despeito dessas diferenças, o Senhor deseja que sejamos unidos como familias e como membros da igreja.

Ao instruir os santos em questões de relacionamento, o Senhor os adverte de certos tipos de conversa, admoestando: "E (vede) que não haja iniquidade na igreja, nem dificuldade entre um e outro, nem mentiras, nem maledicências ou calúnias " (D&C 20:54). Mais tarde, ele nos aconselhou: "Cessai de achar falta uns nos outros" (D&C 88:124).

Qualquer fala capaz de criar problemas para outra pessoa, ou que espalhe falsidades sobre ela ou a prejudique, pode ser considerada maledicência. Caluniar, difamar, é atacar o caráter ou reputação de uma pessoa que, geralmente se encontra ausente. "Achar falta" é o hábito destrutivo de apontar fraquezas e erros dos outros, especialmente aqueles de natureza insignificante. O Apóstolo Paulo descreveu algumas dessas formas de "comunicação corrupta" em Efésios 4: 29-32.

Toddas essas formas de maledicências não só ferem os outros mas causam dano à pessoa que falou mal do próximo. O Élder Dallin H. Oaks explicou: "A razão fundamental para o mandamento de se evitar a crítica é preservar o bem-estar espiritual daquele que critica, não a de proteger a pessoa que é criticada."A crítica nos afeta de muitas maneiras. Afastamo-nos daqueles que criticamos, o respeito próprio diminui e ns sentimos culpados. O Presidente Gordon B. Hinckley mencionou várias outras consequências:

"Criticar, encontrar erros, falar mal, essessão sentimentos de nossa época. Dizem-os que em nenhum país existe um homem íntegro exercendo um cargo político. Os homens de negócio, dizem muitos, são trapaceiros. Afirma-se que as empresas públicas tencionam roubar-nos com custos exagerados. Em toda a parte, ouvem-se observações insultuosa, comentários sarcásticos, ataques verbais à reputação de outraspessoas. Infelizmente, essas coisas são frequentemente a base de nossa conversa. Nos lares, a esposa chora eas crianças se abatem emocionalmente sob os ataques dos maridos e pais. A crítica é a semente do divórcio, a semeadora da rebelião, e às vezes, chega a conduzir o indivíduo ao fracasso. Na Igreja, espalha a semente da natividade e,por fim, a apostasia."

A critica é particularmente prejudicial quando dirigida aos líderes da Igreja, gerais ou locais. O Élder Oaks afirmou: "O conselho de evitar falar mal e achar falta nos outros aplica-se de modo especial à crítica aos líderes da Igreja, mas esse mandamento não foi dado para beneficiar os líderes. Ele existe para salvaguardar o bem-estar espiritual dos membros propensos a reclamar e achar falta nos outros... Os servos do Senhor não são perfeitos; outra consequencia da motalidade. Se, porém, estamos envolvidos em criticá-los ou reclamar deles, estamos trabalhando contra o Senhor e sua obra, e logo nos acharemos sem a companhia do Espírito."

Disse o Élder Oaks , a cerca de como lidar com a diferença entre as pessoas:

"O Pai Celestial não nos forçou a pensar da mesma forma sobretodos os assuntos, ou sobre todos os procedimentos. Ao procurarmos cumprir nossos propósitos na vida, teremos, inevitavelmente, diferenças de opiniao com as pessoas que nos rodeiam, incluindo aquelas que apoiamos como líderes. A questão não é se existem tais diferenças, mas comolidar com elas. Embora falando de outro assunto, a escritura encontrada em Doutrina e Convênios 104:16 pode ser aplicada neste caso: ' Mas é preciso que seja perfeito a meu modo'. Devemos agir de tal forma que nossos pensamentos e ações não nos façam perder a companhia do Espírito do Senhor."


o Élder Oaks sugeriu cinco procedimentos que podemos usar ao lidarmos com as diferenças existentes entre nós e os líderes da Igreja. Estes mesmos procedimentos podem ser úteis no tratamento com qualquer pessoa, seja com relação a diferenças de opinião ou pensamentos críticos.
1. O melhor é ignorar a diferença . OPresidente Brigham Young descreveu a aplicação desse métido numa situação em que sentiu o que chamou de ' falta de confiança' na administração financeira de Joseph Smith. Depois de meditar um pouco em tais pensamentos, Brigham Youngpercebeu que eles poderiam fazê-lo perder a confiança no Profeta e, por fim, duvidar de Deus. Ele concluiu então: "Embora eu admitisse no íntimo e soubesse todo o tempo que Joseph era um ser humano sujeito a erros, ainda assim não mecabia procurar defeitos nele...Ele foi chamado por Deus; o Senhor o guiava e se quisesse deixar Joseph cometer um erro, isso não era da minha conta...Ele era o servo do Senhor, e não meu"

2. Um segundo procedimento é abster-se de fazer julgamentos e adiar qualquer atitude acerca do assunto. Em muitas ocasiões, as ações que somos levados a criticar podem estar baseadas em assuntos confidenciais que impedem o líder de explicar suas razões publicamente. Em tais casos, é mais sábio ter paciência e confiança. às vezes fazemos julgamentos baseados em informações erradas e suposições falsas. O Senhor aconselhou: "Não admitirás falso boato , e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunhas falsas."

3. O Élder Oaks continuou: "O terceiro procedimento, que deve familiar a todo estudioso da Bíblia, é conversar sobre as diferenças de pensamentos em particular com o líder envolvido, como o Salvador ensinou: ' Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão' "(Mateus 18:15)

4. O quarto procedimento é informar a um oficial da Igreja que tenha poder de corrigir ou de isentar a pessoa supostamente em erro ou transgressão. A Bíblia define esse procedimento como "Dizer à Igreja" (Mateus 1'8:17). A revelação moderna, na revelação que chamamos a "lei da Igreja", descreve esse procedimento da seguinte forma: 'Mas se ele ou ela não confessar, tu o entregarás à Igreja, não aos membros,mas aos élderes. E isso será feito numa reunião e não diante do mundo.' (D&C 42:89)

5. Há uma quinta sugestão: Orar pela resolução do problema. Devemos orar pelo líder que achamos estar errado, para que o Senhor corrija a situação, se for necessário. Ao mesmo tempo, devemos orar por nós mesmos, a fim de que o Senhor nos corrija se o erro estiver em nós. Uma pessoa que encara o problema da diferença com um líder, orando sobre o assunto, mantém-se em sintonia com o Espírito do Senhor. Essa pessoa também vai diretamente à fonte da resolução do problema que pode ser solucionado pormeio de uma inspiraçãoao líder, ou por algum esclarecimento adicional, força ou paciência concedido à pessoa que ora.

Todas essas sugestões sãoúteis aos membros que porventura façam críticas a outros. Pelaoração, podemos verificar qual delas se aplica melhor a determinada situação. O Presidente Nathan Eldon Tanner sugeriu também: "Um elogio honesto, sincero, ajuda a edificar o caráter; a crítica o destrói. Arrastar a reputação ou caráter alheio jamais edifica ou melhora o nosso. Expressar admiração pelas realizações ou dotes de outrapessoa eleva o nosso caráter bem como o de quem falamos.

Eis algumas sugestões interessantes:

1. Resolver-se escrever uma nota elogiosa a outra pessoa pelo menos uma vez por semana.

2. Congratular-se diariamente com pelo menos uma pessoa, pessoalmente ou por telefone. Se estabelecer isso como uma meta por uma semana, descobrirá que deseja continuar essa prática regularmente.

3. Durante um mês. manter um registro secreto de quantas vezes fomos tentados a criticcar e nos abstivemos de fazê-lo. Verificar se tal número decresce, ao substituit as críticas por cumprimentos sinceros.

4. Marido e mulher - elogiar-se mutualmente e aos filhos, em relação aos pontos fortes que desejariam ver mais desenvolvidos. Procurar meos diplomáticos para ajudar os filhos a se desfazerem de características indesejáveis. Os resultados serão certamente compensadores.

Se, em sua opinião, o bispo, o presidente da estaca ou outro líder é fraco, isso é sinal de que ele necessita de sua ajuda mais do que nunca, e se fortalecerá se for apoiado e prestigiado ao invés suas supostas falhas apontadas aos outros."


Somos livres para escolher que atitude teremos diante de várias situações e pessoas que afetam nossa vida, não obstante podemos aprender como agir, pensar e sentir melhor. O Presidente Hinckley disse: " Estou pedindo que paremos de procurar as tempestades e apreciemos melhor a luz do sol. Estou sugerindo que, ao passarmos pela vida, nos concentremos naquilo que épositivo. Estou pedindo que nos empenhemos um pouco mais na busca das coisas boas, que sileciemos os insultos e sarcasmos, que elogiemos mais generosamente a virtude e o esforço."